Chega brevemente às livrarias um novo livro inovador e inclusivo da Nuvem de Letras. Chama-se “No Meu Bairro” e nele Lúcia Vicente, escritora e ativista, conta histórias de 12 crianças no primeiro livro infantojuvenil português escrito com base no sistema de linguagem neutra ELU.
Autora de “Raízes Negras” e “Portuguesas com M Grande”, Lúcia Vicente aborda desta vez a diversidade de género, familiar, racial, religiosa, entre outras, através de histórias-poemas escritas em linguagem inclusiva. O livro pretende contribuir para a normalização do sistema gramatical neutro na língua portuguesa, e inclui, no final, um «Manual de apoio para educar pessoas conscientes, empáticas e respeitadoras das individualidades e das diversidades». A autora acredita que o livro poderá ser útil nas aulas de Cidadania, como sublinha na nota introdutória: «Escrevi este livro a pensar, muito concretamente, na disciplina de Cidadania, o parente pobre das demais disciplinas, em que, na maioria das vezes, es professorus sentem falta de materiais didáticos para trabalhar em sala de aula.»
Para garantir a linguagem e assegurar a revisão de conteúdos, a autora contou com o apoio de Alexandra Santos, mestre em Género, Sexualidade e Teoria Queer, e Bruno Gomes Gonçalves, Delegado Nacional do Programa ROMED e presidente da Letras Nómadas – Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas.
Sinopse
Este livro representa uma forma inspiradora de vida em comunidade. É um livro sobre ti e sobre todes nós. Uma abordagem cheia de poesia à diversidade, ao respeito pela individualidade e à aceitação.
Esta obra tem a missão de mudar os estereótipos que existem na sociedade e assume, com orgulho, a diversidade, tornando-a visível para que se possa finalmente normalizar. Através de uma viagem pelas interrogações e vidas de doze crianças, fala-se de diversidade de género, familiar, racial ou de credo religioso, dando ferramentas a quem educa para abordar estes temas, cada vez mais presentes na vida das nossas crianças. Os livros são a ferramenta ideal para a normalização de uma linguagem que represente de igual forma todas as pessoas. Assim, pela primeira vez em Portugal, vamos assumir uma proposta do sistema gramatical neutro ELU.