Depois do sucesso de “Os beijinhos da mamã curam tudo”, Elsa Teixeira tem mais um livro. Estivemos à conversa com a locutora de rádio para saber mais sobre este novo livro, desta vez dedicado aos papás.
Tem mais um livro infantil. De onde veio a ideia para este novo título?
Na verdade, assim que lancei o primeiro livro, e porque falava dos beijinhos da mamã, houve muita gente (sobretudo pais) a perguntar “então e quando é que vai ser a vez dos pais?”. Na altura nem sequer planeava lançar um segundo livro, até que um dia, quando eu menos esperava, tive uma ideia para outra história…e esta a pensar nos pais. Acho que há histórias que pedem para ser contadas, ou pelo menos é o que acontece comigo, e foi o que aconteceu com esta história. Neste caso específico também serviu para passar uma ideia que eu também tento passar aos meus filhos: o melhor presente não tem que ser o maior, ou o mais caro. O
melhor presente é dado/feito com amor.
Gosta de ter famílias de animais como protagonistas, apesar de contar histórias que se podiam
passar em qualquer família “humana”. Porquê esta escolha?
No caso do primeiro livro, a escolha foi imediata. O protagonista gozava com aquilo que os outros tinham de diferente, e é muito mais fácil mostrar essa diferença nos animais, até porque é mais evidente. No caso do segundo livro, a editora sugeriu que se usassem as mesmas personagens do primeiro livro, como uma espécie de continuidade. E eu aceitei porque fazia todo o sentido, só que desta vez com um protagonista diferente. Desta vez o escolhido foi o elefante Óscar, e todos os outros (quase todos) aparecem como convidados da festa de aniversário do papá do Óscar, até porque se tornaram todos amigos. Curiosamente, há um animal que não aparece no segundo livro (por distração), mas pode ser um desafio giro tentar descobrir quem é que ficou de fora, ao estilo “descubra as diferenças” entre os dois livros.
Tudo serve de inspiração para as histórias que escrevo.
Os seus filhos continuam a servir de inspiração?
Sempre! Seja pelas atitudes, pelas preocupações, pelas conversas que têm, ou até pela fase da vida em que estão. Tudo serve de inspiração para as histórias que escrevo.
Agora na M80, tem um novo desafio: o podcast “Vitória, Vitória, Vem aí uma história”. Como surgem as ideias para tantas histórias novas?
É verdade! Tomei-lhe o gosto e agora não quero outra coisa. Eu continuo a tentar que as minhas histórias passem mensagens que eu acho relevantes para os miúdos. Às vezes começo por aí, primeiro penso na mensagem e depois numa forma de passar essa mensagem, outras vezes a história “vem ter comigo”. Às vezes dou por mim com a história praticamente escrita na minha cabeça…outras vezes vou apontando as ideias nas notas do telemóvel. Tenho uma bela lista com ideias, e de vez em quando vou lá espreitar para ver qual delas está pronta para se transformar numa história. Tem muito a ver com a inspiração no momento. E claro que no podcast o processo de nascimento de uma história é muito mais rápido. Um livro demora
meses, e o processo não está só nas minhas mãos. No caso do podcast eu escrevo, depois dou-lhe vida, quando gravo e quando “pinto” a história com sons. É um processo que me dá muito prazer.
Como tem sido o feedback da pequenada e dos seus pais?
Tem sido ótimo!! Tenho pais e filhos que são ouvintes assíduos e que de 15 em 15 dias vão à procura da nova história. É muito giro quando me dizem “o meu filho já me perguntou quando é que sai a próxima história”. É bom sinal e eu fico sempre com a sensação de missão cumprida. E as miúdas que se chamam Vitória adoram que o podcast tenha o nome delas.
Está pensado adaptar estas histórias do podcast para pequenas histórias em livro?
Gostava muito que isso viesse a acontecer, porque há histórias que eu gostava de contar com mais pormenores, e que gostava de ver ilustradas. E até há histórias que eu adorava que passassem (sonhando alto) numa RTP2, em formato desenho animado. Quem sabe um dia.
Tem planos para mais livros?
Na apresentação do meu segundo livro eu brinquei e disse que agora faltava um livro para os avós. Não sei. Se eu tiver uma ideia que sinta que vale a pena, e se a Ego Editora quiser continuar a alinhar nesta maluquice de publicar as minhas histórias…porque não?!
Sobre a autora
Elsa Teixeira nasceu em Angola, e veio para Portugal com 3 anos. Tirou o curso de jornalismo na ESCS, em Benfica, mas exerceu mais antes do curso do que depois. Começou como locutora na Cidade Fm, depois passou pela Comercial, primeiro como produtora e depois como locutora e há 1 ano aceitou o desafio de fazer as Manhãs da M80. Entretanto lançou um segundo livro e criou um podcast com histórias infantis: “Vitória, Vitória, vem aí uma história”.
Os seus 2 filhos, continuam a servir de inspiração e também continuam a ser as suas cobaias – são sempre os primeiros a ouvir as suas histórias.
