Uma história simples e inspiradora sobre a aceitação das diferenças: Capicua continua a explorar as palavras para além da música, desta vez num livro infantil, ilustrado por Matilde Horta, sobre crescer e aprender a gostar de nós como somos.
«Cor-de-Margarida nasceu do desafio à hora de deitar: “conta uma história da tua cabeça, mãe!” Que remédio tive senão inventar. Confiando na capacidade de improviso das mães, na força da imaginação da criança interior e na relação lúdica que sempre tive com as palavras. Contei! E olhem que isto de contar histórias é coisa séria! Foi nas histórias, nas canções, nas lengalengas e nas adivinhas, contadas pela mãe, pela avó, pela educadora, pela professora, que (como um elo da tradição oral que se acrescenta) absorvi a língua portuguesa e formei o meu imaginário. Com consciência de que para agradar o petiz teria de fazer bonito, puxei pela prosa, estendi-me nos diálogos, investi na ironia e no sentido de humor, e fiz das flores e dos insetos os agentes de uma história simples, mas que fala sobre um dos mais humanos anseios da existência – esse desejo de ser mais belo, mais parecido com os outros, para quem a vida parece ser mais cor-de-rosa», conta Capicua.
Sinopse:
«… a Margarida estava insatisfeita. Achava as suas pétalas demasiado simples. Muito brancas, sem cor que lhes desse alegria.»
Em busca de felicidade, Margarida decide transformar-se, tornar-se mais colorida, mais vistosa. Mas… rapidamente, percebe que, se calhar, a alegria esteve sempre ali, no conforto das suas pétalas.